Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (16) em Itabuna mostra que na disputa para as eleições municipais o atual prefeito Augusto Castro (PSD) aparece repentinamente com números “favoráveis” à sua reeleição. Segundo a pesquisa quando perguntados em quem pretendiam votar, 45,7% dos itabunenses citaram o nome do atual prefeito. Em segundo lugar, o deputado estadual Fabricio Pancadinha (Solidariedade) com 25,8%; em terceiro, Chico França (PL), com 13,1%; e em quarto lugar, Isaac Nery, do PDT, com 6,7 %, enquanto indecisos somam 7% e 1% de votos brancos e nulos. 

Ainda de acordo com a pesquisa, em votos válidos, o atual prefeito teria 50%; Pancadinha, 28%; Chico 14,4%: e Isaac, 7,4%.

SURREALISMO E DESCRÉDITO

Os números registrados pela pesquisa são para alguns, surreais, até porque o Instituto que coletou os dados (Atlas) em parceria com o jornal A Tarde, usou de uma única metodologia pra fazer essa avaliação: “digital aleatória”. Ou seja, “via whats zap foram ouvidas 803 pessoas em Barreiras no período de 02 a 08 de agosto”. E com mais um agravante: a publicação da pesquisa em matéria no jornal A Tarde custou R$ 403.972

reais. Muitos não acreditam nesses números, até porque não foram mostrados os índices de rejeição do alcaide que segundo alguns beiram os 70%.

SEDUZIDO, ABANDONADO E DEFENESTRADO

Mesmo estando na frente e praticamente “reeleito”, o prefeito ainda corre atrás dos “votos” do ex-prefeito Capitão Azevedo que recentemente tomou uma rasteira da direção do seu partido (União Brasil) comandado pelo ex-prefeito da capital, ACM Neto. Azevedo foi dispensado e substituído como titular da chapa pelo deputado Fabricio Pancadinha.

Os eleitores não perdoaram a armação contra Azevedo e mesmo assim o condenaram por não ter reagido à altura. Se limitou a conceder uma coletiva de Imprensa onde não disse nada que se pudesse aproveitar como uma tomada de posição. E mais; continua fazendo mistério sobre o seu apoio a qualquer uma dessas candidaturas que estão participando da disputa.

Já o prefeito, imediatamente tratou de divulgar uma nota de “irrestrita solidariedade” ao Capitão, se esquecendo que em 2016 tentou sem sucesso impugnar a sua candidatura, sob a alegação de “reprovação de contas do ex-prefeito itabunense referentes ao ano de 2011”. Através de uma liminar junto à Justiça Eleitoral, Azevedo conseguiu suspender “os efeitos do decreto legislativo”.