Depois de levar cinco pontos na cabeça, o estado de saúde do presidente Lula volta a causar preocupação. Sentiu-se mal na segunda, foi levado às pressas para o Hospital Sírio Libanês em São Paulo.

Constatado um sangramento foi feito um procedimento pra drenagem, que segundo o médico Roberto Khalil foi tudo bem. Já se pensava inclusive até em alta médica, quando surgiu outro imprevisto: a necessidade de outro "procedimento preventivo" pra evitar sangramentos futuros.

REPERCUSSÃO, TRANSPARÊNCIA, INCOMPETÊNCIA

Tá certo que os boletins médicos têm sido divulgados como manda o protocolo em se tratando de um presidente da República.  Mas, o desencontro de informações da equipe médica causa apreensão e gera repercussão negativa e garante uma especulação nada positiva para o governo nesse momento.

Um boletim diz que tá tudo bem, que o paciente tá se recuperando e pode voltar às suas atividades na próxima semana.

Daí, surge um imprevisto, da necessidade de um procedimento chamado de "complementação" pra evitar sangramentos futuros. 

Está faltando um porta-voz oficial que fale em nome do governo pra evitar contradições e manter na medida do possível, imprensa e opinião pública bem informadas. Médico é médico. Jornalista é jornalista. Os médicos estão fazendo a sua parte. E cadê o secretário de Comunicação do governo?

A dúvida da imprensa vem logo à tona junto com a opinião pública: qual o real estado de saúde do presidente Lula:

é grave, é demorado, tem previsão de alta, saindo do pós operatório pode voltar logo a trabalhar?

E ainda: durante sua ausência quem estará no comando do país:

o vice, Geraldo Alckmin ou os ministros mais próximos do presidente: Ruy Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) ou Fernando Haddad (Fazenda)?

Tem muitas pendências a serem resolvidas lá no Congresso: aprovação do pacote fiscal, destravação de emendas parlamentares, etc.

O que não pode ficar é essa vacância de poder.  Afinal, o país tem que ter comando. Tem que funcionar.  O Brasil não pode esperar.

Mais atitude.

Menos incompetência.

Mais transparência, por favor.