A ministra da Cultura, Margareth Menezes foi convocada e depois “convidada” para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre os cachês pagos com dinheiro público no Carnaval 2025 em Salvador (BA) e Fortaleza (CE), que totalizaram 640 mil reais. Desse valor, não foi especificado o quanto cada um desses entes públicos pagou à cantora baiana. No caso, a Prefeitura de Fortaleza e o governo do Estado da Bahia. Esse último, se recusou a fornecer detalhes do contrato.   

Embora, assessores da ministra aleguem que no período em questão, a ministra “estava de férias”, o que pode não caracterizar uso indevido da máquina pública enquanto ela esteja ocupando cargo público. Diferentemente da sua assessoria, o uso de verba pública estadual e municipal para contratar a ministra da Cultura contraria o entendimento da Comissão de Ética Pública da Presidência da República ao ressaltar que Margareth Menezes deveria “se abster de receber remuneração, vantagens ou benefícios dos entes públicos de qualquer esfera de Poder”.

OUTRA BRONCA

Denúncias e questionamentos sobre a atuação da ministra da Cultura também estão na ordem do dia dos deputados, que também querem saber de Margareth sobre o desenvolvimento do Programa Nacional de Comitês de Cultura, que criou escritórios estaduais do MINC e entregou o comando dos cargos a petistas ou a pessoas filiadas a partidos aliados do governo.

Lembrando que o edital de Comitês de Cultura lançado em setembro de 2023 previa investimentos da ordem de até R$ 58 milhões até o ano passado.