PORTO SEGURO. ESQUEMA DE VENDA DE LICENÇAS AMBIENTAIS É ALVO DE DENÚNCIA DO MP E TEM JUÍZES E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ENVOLVIDOS
PORTO SEGURO. ESQUEMA DE VENDA DE LICENÇAS AMBIENTAIS É ALVO DE DENÚNCIA DO MP E TEM JUÍZES E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ENVOLVIDOS



Tonet por Tonet

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Com a deflagração da “Operação Derrocada” várias pessoas suspeitas de integrarem um esquema de venda de licenças ambientais em Porto Seguro foram denunciadas pelo Ministério Público (BA). Além de figuras proeminentes ligadas ao Judiciário local também estão inseridos nesse contexto, advogados, promotores, empresários e funcionários públicos da administração do atual prefeito Jânio Natal, que concorre à reeleição.
LIGA DA JUSTIÇA
O grupo apelidado de “Liga da Justiça” por funcionários de um cartório no município, foram denunciados por vários crimes como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, grilagem de terras, organização criminosa, falsidade ideológica e até agiotagem.
A quadrilha atuava há vários anos dentro da Prefeitura de Porto Seguro, com a participação ativa de servidores públicos que se aproveitavam da posição para facilitar a liberação de licenças ambientais de grandes empreendimentos imobiliários. O grupo é responsável por pelo menos 101 matrículas de casas e terrenos localizados em áreas nobres de Porto Seguro.
ENVOLVIDOS
Segundo foi apurado até agora, vários suspeitos já foram agastados das suas funções, destacando-se os juízes Fernando Machado Paropat, titular da 1ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis, Comerciais e Registros Públicos; Rogério Barbosa de Sousa e Silva, titular da Vara da Infância e Juventude e Execução de Medidas Socioeducativas: e o titular da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais, André Marcelo Strogenski.
Além deles, os servidores públicos Igor Carvalho Nunes Oliveira, Marcio Gil de Andrade Nascimento e o secretário municipal do Desenvolvimento Urbano, Eudes de Farias. Estes, também já afastados por conta de serem responsáveis pela viabilização do “habite-se” atuando na redução de taxas de impacto ambiental mediante cobrança de propinas, segundo o Ministério Público. Após a deflagração da “Operação Derrocada” realizada pelo MP-BA, por meio do Gaeco Sul, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM) e Gaeco do Espírito Santo, um núcleo privado que integra o esquema já se encontra detido em Eunápolis: Marcelo Vaz Castelan, Alan Capixaba Cancela, Thiago Biazatti, Breno de Jesus Amorim, Reginaldo Bonatto e Elias de Menezes Ferrette.