Enquanto a reinauguração do Hospital de Base luiz Eduardo Magalhães está sendo festejada pela atual gestão, pacientes reclamam do mau atendimento e da precariedade das suas instalações atuais.

Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Itabuna, o investimento é superior a R$ 60 milhões em obras de engenharia. Já os investimentos em equipamentos hospitalares, o valor total deve ultrapassar R$ 15 milhões. 

AMPLIAÇÃO E REFORMA

A ampliação e reforma do Hospital de Base, incluem a construção de um novo pronto-socorro; dois CTIs (Centros de Terapia Intensiva) com 20 leitos; um centro cirúrgico moderno com seis salas; e um setor de Bioimagem equipado com tomografia, ultrassonografia, raio-X, ecocardiograma e endoscopia. Também foi implantada uma nova Estação de Tratamento de Esgotos (ETE).

Além da reinauguração do Base marcada para o dia 14 de março, também será entregue a segunda etapa do Hospital São Lucas cujos investimentos ultrapassaram mais de R$13 milhões. As obras que resultam da parceria do Governo da Bahia, da Prefeitura de Itabuna e da Santa Casa vão contar com 57 leitos de hemodiálise. O Estado também fez a doação de camas, colchões impermeáveis, eletrocardiógrafos, cardioversores, monitores multiparamétricos, focos cirúrgicos em LED, kit de laringoscópio, aparelho de ultrassom, suportes para soro, armários para guardar enxoval, ventiladores mecânicos, aspiradores de secreção, kit nebulização e carrinhos para transporte de materiais e medicamentos.

RECLAMAÇÕES: FALTA ESPARADRAPO, PAPEL HIGIÊNICO E MEDICAMENTOS

Por outro lado, uma reportagem exibida na TV Sta. Cruz na noite desta quarta-feira (dia 19) mostrou toda a precariedade do atendimento oferecido atualmente no Hospital de Base. Pacientes indignados reclamavam da demora de cirurgias principalmente na área da ortopedia, onde pessoas aguardam há mais de um mês para um procedimento cirúrgico, por falta de material. Outra queixa dos pacientes foi a falta de materiais essenciais como esparadrapo, gazes, etc. Além disso, foi também alvo de criticas a escassez de medicamentos sendo que acompanhantes e familiares dos internados têm que se desdobrar pra comprar nas farmácias locais. Outro item questionado pelos pacientes foi a falta de produtos de higiene pessoal como papel higiênico e sabonete para lavar as mãos. As descargas nos banheiros não funcionam e os chuveiros também estão quebrados. A sujeira também foi outro fator negativo apontado pelos pacientes, vez que as lixeiras não são trocadas regularmente por conta de não haver sacos de lixo suficientes.

O diretor do Hospital de Base, João Omar, ouvido pela reportagem da TV Sta. Cruz confirmou essas denúncias e justificou a situação como de responsabilidade dos fornecedores que não estão entregando os materiais em tempo hábil.  Porém, no caso dos equipamentos danificados ele não especificou um prazo para o conserto dos mesmos.