Os intensos conflitos que vem ocorrendo no extremo-sul do Bahia entre supostos indígenas, trabalhadores e produtores rurais têm causado preocupação e sérios incidentes já foram registrados com invasões de fazendas por homens armados segundo denúncias de agricultores que têm propriedade naquela região, principalmente no município de Prado. 

De acordo com a Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia, “índios” ocuparam a entrada do Parque Nacional do Descobrimento, no município de Prado levando a entidades como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a tentarem negociar com os invasores que exigem a homologação da Terra Indígena Comexatibá, que é alvo de disputa judicial. Os “indígenas” alegam que a demora em solucionar o problema levou à uma ação mais drástica.

Por outro lado, os secretários Adolpho Loyola (Relações Institucionais) e Marcelo Werner (Segurança Pública) que integram um grupo de trabalho indicado pelo governo da Bahia, estiveram em Teixeira de Freitas para acompanhar de perto os problemas sobre essa invasão de terras na região. Desse grupo também fazem parte representantes da Federação da Agricultura da Bahia (FAEB) e dos povos originários. Já ficou definido que a primeira reunião vai acontecer na próxima segunda-feira (24), às 15h, na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

OPERAÇÃO PACIFICAR

Ainda nesta quinta-feira (20) as policias Civil e Militar numa ação integrada, deflagraram a Operação “Pacificar” para o cumprimento de 12 mandados de prisão e 07 mandados de busca além de apreensão em imóveis rurais no município do Prado.

Os mandados expedidos no curso de Inquéritos investigam a ação de grupos de supostos indígenas armados que, a pretexto de agirem para “retomada” de territórios de seus ancestrais, usam de extrema violência contra trabalhadores e produtores rurais. Além disso, os invasores promovem intensos saques às produções agrícolas, mobiliários e veículo; e ainda, restringem a liberdade das vítimas e causam danos às propriedades invadidas.