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RAMBO DO CERRADO É MORTO DEPOIS DE 20 DIAS DE PERSEGUIÇÃO

RAMBO DO CERRADO É MORTO DEPOIS DE 20 DIAS DE PERSEGUIÇÃO

| Tonet | Blog

Tonet por Tonet

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Uma verdadeira caçada humana movimentou durante 20 dias o cerrado goiano em busca de Lázaro Barbosa. O homicida baiano de Barra do Mendes, responsável pela morte de uma família de quatro membros mais uma dezena de assassinatos, estupros, etc. foi finalmente cercado e abatido com 38 tiros. Assim terminou a saga do Rambo do Cerrado que protagonizou um dos maiores equívocos dos serviços de segurança nacional, principalmente o goiano e o do Distrito Federal. Usaram de tecnologia avançada (drones, rastreadores, radiocomunicadores); uniram várias forças policiais (federal, civil, militar, bombeiros, etc.) serviços de Inteligência, centenas de viaturas, helicópteros, cães farejadores, etc. Um verdadeiro aparato armamentista (fuzis, revólveres, metralhadoras), que deve ter custado horrores de dinheiro aos cofres públicos pra caçar um único homem.  Um mateiro, que se revelou um estrategista de primeira por conta do seu absoluto conhecimento de estradas, fazendas, cavernas, grutas, grotas e córregos que lhe garantiram escapar vinte dias dos 270 homens que tentaram capturá-lo na mata cerrada. Dezessete dias depois dessa perseguição os “serviços de inteligência” descobriram que Lázaro poderia estar sendo acobertado por produtores rurais da região. Daí, prenderam um fazendeiro que negou o fato mas, mesmo assim continua preso. Porém, o seu funcionário abriu a boca e entregou que Lázaro dormia e comia na fazenda e ainda carregava o celular. Ficou mais fácil para a polícia aumentar o cerco e acuar o bandido, principalmente depois que Lázaro resolveu sair da área rural para a urbana. A policia só o pegou porque ele errou. Se tivesse continuado na mata, a polícia estaria o procurando até hoje.  Portanto, ao ver aquele grupo de policiais comemorando a morte de Lázaro, não vi conquista nenhuma. Um mateiro que desafiou a lei, as forças de segurança, pintou e bordou diante de quase 300 homens por um período muito longo e que a mídia nacional deu um tremendo destaque no período.  E que finalmente, após sua morte ficou patente o despreparo, a incompetência e a falta de “inteligência” dos nossos serviços de segurança pública. Ao matá-lo porque não conseguiram capturá-lo vivo, Lázaro desmoralizou a polícia e mostrou o quanto frágil e vulnerável é a segurança que pagamos. Ao invés de prender narcotraficantes, bandidos que atuam explodindo caixas eletrônicos, assaltando ônibus, roubando cargas, praticando latrocínio, estuprando e matando mulheres por hora em todo o país, gasta tempo e dinheiro caçando um mateiro que de inexpressivo passou a  ser super-herói. Espera-se que Lázaro não seja ressuscitado por outros “lázaros” nas áreas urbanas e rurais. Lamentável. 

                   Foto/reprodução

 

              

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